A coordenadoria do Programa Macaé Cidadão iniciou ,,no dia (19) de março/07, uma pesquisa de campo para conhecer melhor as estruturas física e administrativa de terreiros de candomblé e umbanda em todo o município de Macaé.
Os coletores de informações tomarão ciência sobre a quantidade de participantes nas cerimônias religiosas e as atividades filantrópicas e sociais que os religiosos desempenham para a sociedade macaense.
O trabalho visa a obtenção de cadastro de cerca de 100 terreiros. Serão traçados perfil e peculiaridades desses espaços, atendendo solicitação da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.
De acordo com a coordenadora da Coordenadoria Geral do Programa Macaé Cidadão, Amélia Augusta Guedes, a pesquisa dará maior visibilidade ao universo religioso da umbanda e do candomblé. “As realidades serão conhecidas, possibilitando condições de facilitar a realização de políticas públicas para o público que nos passará as informações: os umbandistas e adeptos do candomblé”, pontua.
O secretário executivo da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, José Marmo da Silva, disse que a Rede atualmente faz trabalhos em 25 municípios brasileiros. Ele ministrou palestra, orientando os pesquisadores sobre os trabalhos. O treinamento está sendo feito na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé (Fafima) e tem como objetivo preparar os coletores de informações para o serviço de campo , oferecendo-lhes condições favoráveis para cumprir os trabalhos, por meio de planejamento e organização das atividades, a serem cumpridas.
Já a coordenadora do núcleo em Macaé, Maria Olympia Figueiredo, acrescentou que até seguridade social poderá ser agregada aos que têm cargos nos terreiros. Outras esferas para atuação de políticas públicas seriam habitação, saneamento, saúde e outras. “Também é objetivo de nosso trabalho averiguar as principais demandas dos religiosos para posterior ação dos governos. Mas já é de conhecimento o fato de que há muitos casos de doenças no meio dos adeptos da umbanda e do candomblé”, conta.Quem se fazia presente ao treinamento na manhã de segunda-feira (17), onde ministrou palestra, era o coordenador de Políticas e Promoção da Igualdade Racial (Corafro), Josias Amon. “A Corafro atua como intermediária da Rede em Macaé”, disse. Ele ressaltou ainda que desde dezembro do ano passado a sua coordenadoria está vinculada à secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, com aval da publicação da Lei.
Foto: Rui Porto Filho. De pé, José Marmo da Silva.
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