A religiosidade de Matriz Africana na diáspora brasileira ressignificou símbolos, re-territorializou a África dentro de cada terreiro de Candomblé ,ordenou a liturgia e restiste até hoje seguindo o caminho deixado por nossas ancestres. Enfrentamos hoje, mais do que nunca, o desrespeito à memória de nossa ancestralidade. São muros pichados com dizeres demonizando ancestres, pessoas sendo desrespeitadas em seu ambiente de trabalho, por vizinhos em ambiente residencial, crianças são agredidas verbalmente em seu ambiente escolar, entre outras ações de profundo desrespeito.
Por ser uma forma de ver o mundo cujas origens e raízes são guardadas na matriz africana, esta prática vem sendo denominada por teólogos e antropólogos como racismo contemporâneo. Os mecanismos de discriminação religiosa são tão complexos e flexíveis quanto os que denominamos discriminação racial.
Por ser uma forma de ver o mundo cujas origens e raízes são guardadas na matriz africana, esta prática vem sendo denominada por teólogos e antropólogos como racismo contemporâneo. Os mecanismos de discriminação religiosa são tão complexos e flexíveis quanto os que denominamos discriminação racial.
No campo jurídico a letra da Lei parece ter feito também esta interpretação enquadrando as penalidades em artigos análogos. A construção da luta neste campo se inicia efetivamente com a Lei 7374 de 20/12/1985, se desdobra no Art 1ºda Lei 7716 de 17/01/1989 alterada pela nova redação dada pela Lei nº 9.459, de 13 de maio de 1997).
No campo da militância pelo respeito à ancestralidade de matriz africana entidades comprometidas com esta causa, temos vivido recentemente manifestações públicas com apelo de paz e respeito à liberdade religiosa. Algumas ações também foram investidas no diálogo com o Estado pela sua ampliação de políticas públicas que contribuam com a laicidade.
Para muito além de tudo isso, há mais de meio século o presente de Iemanjá é realizado em vários lugares da costa do Rio de Janeiro, Bahia e demais estados brasileiros. Sempre imbuído de aspectos litúrgicos mas também é carregado do simbolismo de resistência.
Em mais este ano, no dia 2 de fevereiro de 2009, com a fé em Olodumare estaremos indo ao mar para entregar o presente às águas que banham continentes, assim como fazem o povo africano, oriundos do refluxo, que até os dias atuais jogam flores e oferendas ao mar para homenagear aqueles que atravessaram o Atlântico e nunca mais voltaram. Lá estaremos para pedir a força das águas que traga entendimento entre a humanidade e respeito a nossa ancestralidade. Vamos homenagear tudo isso homenageando Iya Omo Eja – a mãe do filhos peixes. Neste dois de Fevereiro vamos em milhões festejar, cantar, louvar a memória de nossos ancestres e levar nossa mensagem de paz e respeito à liberdade religiosa em faixas, cartazes, banners, folders seja de que forma cada um puder levar!
No campo da militância pelo respeito à ancestralidade de matriz africana entidades comprometidas com esta causa, temos vivido recentemente manifestações públicas com apelo de paz e respeito à liberdade religiosa. Algumas ações também foram investidas no diálogo com o Estado pela sua ampliação de políticas públicas que contribuam com a laicidade.
Para muito além de tudo isso, há mais de meio século o presente de Iemanjá é realizado em vários lugares da costa do Rio de Janeiro, Bahia e demais estados brasileiros. Sempre imbuído de aspectos litúrgicos mas também é carregado do simbolismo de resistência.
Em mais este ano, no dia 2 de fevereiro de 2009, com a fé em Olodumare estaremos indo ao mar para entregar o presente às águas que banham continentes, assim como fazem o povo africano, oriundos do refluxo, que até os dias atuais jogam flores e oferendas ao mar para homenagear aqueles que atravessaram o Atlântico e nunca mais voltaram. Lá estaremos para pedir a força das águas que traga entendimento entre a humanidade e respeito a nossa ancestralidade. Vamos homenagear tudo isso homenageando Iya Omo Eja – a mãe do filhos peixes. Neste dois de Fevereiro vamos em milhões festejar, cantar, louvar a memória de nossos ancestres e levar nossa mensagem de paz e respeito à liberdade religiosa em faixas, cartazes, banners, folders seja de que forma cada um puder levar!
Aláfia bunre ti Iyemonja
Fonte: Babalorixá Antonio Pena, enviada por Pai Yango de Obaluaiê.
AGENDA DO PRESENTE DE IYEMANJÁ 2009
NA LAPA
LOCAL: Largo da Lapa
HORÁRIO DE CONCENTRAÇÃO: 9 h – destino Praça XV – Retorno para peixada na Men de Sá, 37
REALIZAÇÃO: AFOXE ESTRELA DE OYA
INFORMAÇÕES: atanizia@globo.com
EM NITERÓI
LOCAL: Praia de Charitas - Niterói, RJ(em frente a Casa do Carangueijo)HORÁRIO DE Concentração: 16h
REALIZAÇÂO:ILÊ AXÉ OIA ONIRA YALORISÁ TANIA DE IANSÃ
INFORMAÇÕES:Ogan Jorge Zulu jpszulu@bol.com.
CENTRO
LOCAL: Cinelândia
HORÁRIO DE CONCENTRAÇÃO: 13 h na Cinelândia - destino Praça XV para a saída da BARCA até Icaraí - retorno às 15:00h.
REALIZAÇÃO: Filhos de Gandhi
INFORMAÇÕES: Ogan Carlos Machado Presidente do Afoxé Filhos de Gandhi- fgandhicultura@gmail.com
RECREIO
REALIZAÇÃO: Ile de Ogun e Iyemanjá
INFORMAÇÕES: Babalorisa Sergio de Ogun - 24907318
EM SEPETIBA XV PRESENTE
DATA: 08/02/2009HORÁRIO: 8:00hs
LOCAL:Praça Oscar Rossine - procissão terrestre,11:00hs solenidade civica e religiosa,12:00hs xire em homenagen a yemanja,13:00hs entrega dos presentes ao mar
REALIZAÇÃO: IRMAFRO - Irmandade religiosa e cultural afro-brasileira doRio de janeiro
INFORMAÇÕES: Pai Renato de renatodubaluae@click21.com.br
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