A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde realizou encontro para discutir a saúde da juventude dos terreiros
No dia 16 de setembro aconteceu, no Rio de Janeiro, o I Encontro Estadual de Saúde da Juventude dos Terreiros do Rio de Janeiro: um desafio para o SUS. Estavam presentes jovens dos terreiros dos municípios de Macaé, Rio de Janeiro, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Caxias, São Gonçalo, Niterói, Araruama, Pedra de Guaratiba e Itaboraí.
O início do evento foi marcado com os cânticos de umbanda entoados por Pai André de Oxossi(um jovem pai de santo), seguido de defumação com ervas aromáticas envolvendo o público presente, marcando dessa forma a presença do sagrado e a importância da manutenção da tradição.
Logo após os cânticos de louvor à vida e à natureza, a Cia da Saúde fez a apresentação do esquete Racismo na Saúde e os jovens da Cia desceram as escadas do INAD-Instituto de Nutrição Annes Dias, vestidos de anjo e cantando: “preto não vai para o céu nem que seja rezador, pois tem cabelo duro vai espetar nosso senhor”, provocando risos e burburinhos na platéia jovem.
Mesa de Abertura contou com as presenças de: Zezé Motta, atriz que atualmente ocupa o cargo de Superintendente de Promoção da Igualdade Racial do Estado do Rio de Janeiro, Louise Silva da Assessoria de Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, José Marmo, secretário executivo da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, Pai André de Oxossi e Silvana dos Santos(jovens de terreiros).
O painel Os Terreiros e a Política de Juventude no Brasil contou com a presença de Thais Zimbwe, uma jovem jornalista iniciada na tradição religiosa afro-brasileira que atuou como coordenadora do ENJUNE- Encontro Nacional da Juventude Negra(Lauro de Freitas/Bahia).
Em Terreiros, espaços de promoção da saúde: o olhar da juventude de axé teve os expositores Alainaldo de Xangô, jovem egbomi do Ilê Omi Ojuarô e Pai Celso de Oxaguian, integrante da Comissão Intersetorial de Educação Permanente para o Controle Social do SUS e coordenador do Núcleo São Paulo da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.
Esse painel gerou grande polêmica quando uma jovem presente ao encontro questionou os expositores sobre a posição das religiões afro-brasileiras sobre o aborto.
À tarde foram realizadas as seguintes oficinas:
Sexualidades e prevenção de DST/Aids com recorte de gênero e raça
Direitos Humanos
Participação e Controle Social
Meio Ambiente, Saúde e Intolerância Religiosa.
Ao final do evento foi criado um grupo de trabalho de jovens de terreiros, que com o apoio da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, dará continuidade ao trabalho desenvolvido nesse primeiro encontro, fomentando a participação de outros jovens.
Meio Ambiente, Saúde e Intolerância Religiosa.
Ao final do evento foi criado um grupo de trabalho de jovens de terreiros, que com o apoio da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, dará continuidade ao trabalho desenvolvido nesse primeiro encontro, fomentando a participação de outros jovens.
Foto: Luciana Kamel. Da esq. p/ dir- Pai Celso de Oxaguian/SP; Silvana Santos/Ilê Omiojuarô/RJ; Alaianaldo/Ilê Omiojuarô/RJ.
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