terça-feira, 28 de outubro de 2008

FÓRUM ESTADUAL DE SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA



27 de outubro de 2008


Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra

Esse dia foi escolhido pelas organizações do movimento negro e trabalhadores da saúde para lembrar que apesar dos avanços conquistados na área da saúde, ainda persistem as desigualdades raciais.


Nesse dia acontece em todo o Brasil uma série de atividades para informar à população negra sobre os seus direitos e ampliar o debate sobre o racismo e suas relações com a saúde.


Participe você também!


FÓRUM ESTADUAL DE SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA
Fonte: Folheto/SNS/RJ


GT de Comunicação do Fórum Estadual de Saúde da População Negra

CRIOLA 16 ANOS! Dia 27 de Outubro. Dia de Mobilização Nacional Pró-saúde da População Negra


*Carta Aberta ao Ministro, Secretári@s Estaduais e Municipais de Saúde*


Exm@. Senhor@ Gestor@


Neste 27 de outubro, data instituída pelos movimentos sociais como o Dia de Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra, Criola vem, através desta carta aberta, firmar junto à Vossa Senhoria o nosso profundo interesse e compromisso político em continuar a mobilização para a superação das disparidades raciais e seus impactos sobre a saúdede mulheres e homens negros. Nosso objetivo é destacar o quadro preocupante que nos afeta e que pode ser verificado nos dados a seguir, disponibilizados pelo Ministério da Saúde:


* Crianças negras têm 44% mais risco de morrer de doenças infecciosas e parasitárias antes de 1 ano de vida, do que as crianças brancas


* Negros têm 68% mais chances de morrer de tuberculose do que os brancos


* O risco de morte materna aumenta em 41% para as mulheres negras em> relação às mulheres brancas


* Já o risco de morte por homicídio aumenta em 88% entre negros, quando comparados aos brancos


* Outro dado igualmente chocante refere-se às taxas de assassinato de meninas entre 10 e 19 anos em todo o país. Em todos os estados a proporção de assassinatos de meninas negras excede, em muito, sua proporção de na população geral.


Acrescentemos a essa lista, o mau tratamento, a negligência e o descaso com que as pessoas negras são costumeiramente tratadas no Sistema Único de Saúde; a falta de acesso a serviços de qualidade; a carência de políticas públicas que garantam a equidade em saúde.

Estes dados atestam o que a sociedade civil negra vem afirmando: *racismo faz mal à saúde*.

Para confrontar este quadro de iniqüidades, foi aprovada em 2006 a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Já pactuada na Comissão Intergestores Tripartite, ela oferece a gestores caminhos para que possam desenvolver, efetivamente, ações de promoção, prevenção e assistência à saúde da população voltadas para as reais necessidades de cada grupo – e da população negra em particular.

O racismo é um dos determinantes sociais da saúde e sua presença na sociedade e no SUS deve ser enfrentada cotidianamente. É tarefa de gestores estabelecer as condições políticas, técnicas e orçamentárias para isto.

Nós ,da sociedade civil, continuaremos mobilizadas para que o Sistema Único de Saúde possa honrar o cumprimento de compromissos constitucionais que assegurem @s afrodescendentes o direito de usufruir plenas condições de cidadania, como todo e qualquer outro cidadão brasileiro.

Rio de Janeiro, dia 27 de setembro de 2008.

domingo, 26 de outubro de 2008

RACISMO FAZ MAL À SAÙDE


27 de Outubro!
Dia Nacional de Mobilização Pró- Saúde da População Negra
RACISMO FAZ MAL À SAÚDE

AÇÕES DA REDE - NÚCLEO PARAÍBA


"Nossa grande mãe é a Terra e seguimos os orixás, que são natureza. Devemos ter noção do que fazemos e boa educação para as oferendas. Não deixar velas acesas nas matas, causando riscos de incêndios, nem recipientes plásticos ou garrafas de vidro, que levam anos para se deteriorar. Nos despachos e oferendas, basta entregar a energia do trabalho e trazer de volta os recipientes que devem ir para o lugar certo. Assim, os orixás agradecem”.
Mãe Lúcia da Oxum
Para saber mais sobre o Trabalho da Rede na Paraíba, acesse: http://omidewa.blogspot.com
Clicando no Título, você acessa o Blog de Mãe Lúcia da Oxum.

AÇÕES DA REDE - NÚCLEO PARAÍBA

O núcleo Paraíba da Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde realizou mais uma reunião na sede do Centro de Cultura Afro-Brasileira Ilê Axé Omidewa com o objetivo de recadastrar as famílias que recebem cestas alimentares através do programa Fome Zero, do Governo Federal.
A reunião contou também com a participação do Prof. José Antonio Novaes da Universidade Federal da Paraíba, que coordena, junto com Mãe Lucia da Oxum, as ações da Rede na Paraíba.
Durante o encontro com o povo de terreiro Mãe Lúcia da Oxum falou sobre educação ambiental e consciência ecológica.

"Nossa grande mãe é a Terra e seguimos os orixás, que são natureza. Devemos ter noção do que fazemos e boa educação para as oferendas. Não deixar velas acesas nas matas, causando riscos de incêndios, nem recipientes plásticos ou garrafas de vidro, que levam anos para se deteriorar. Nos despachos e oferendas, basta entregar a energia do trabalho e trazer de volta os recipientes que devem ir para o lugar certo. Assim, os orixás agradecem”.
Outro tema discutido na reunião foi a consciência negra e sua influência no censo nacional. “As pessoas se escondem na hora de responder. Não somos católicos nem espíritas. Se a religião é Umbanda, que seja dita Umbanda, se for Candomblé, é Candomblé e pronto! O governo precisa nos conhecer”, afirmou Mãe Lúcia.

O professor Antônio Novaes destacou a importância de mostrar ao governo que existimos e quão numerosos somos. “Responder corretamente sobre nossa religião é acima de tudo uma oportunidade”, declarou o professor.
O encontro terminou por volta das 19h com a boa notícia de que a partir deste ano, Mãe Lúcia participará das reuniões do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), em João Pessoa, representando todo o povo de santo.

domingo, 19 de outubro de 2008

A REDE NAS AÇÕES INTERNACIONAIS





Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras participa
de Consulta em Istambul na Turquia


Com apoio do Fundo de População das Nações Unidas/UNFPA, Mãe Nalva de Oxum ,coordenadora do Núcleo Belém da Rede , participa da Consulta Redução da Mortalidade Materna e da Violência de Gênero realizada de 19 a 22 de outubro em Istambul.



Mãe Nalva de Oxum participou meses atrás de outra Consulta em Buenos Aires, representando o Secretário Executivo da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras, com o objetivo de abordar as questões da tradição religiosa afro-brasileira referentes ao tema.
Mãe Nalva ,além de desenvolver importante trabalho em Belém ,vem representando a Rede em vários eventos internacionais.

CRIOLA 16 ANOS!



CRIOLA - 16 ANOS DE COMBATE AO RACISMO E
PROMOÇÃO DA SAÚDE E DOS DIREITOS DAS MULHERES NEGRAS

Com o objetivo de ampliar a participação de organizações, de mulheres e de homens negros no processo de negociação e monitoramento de políticas públicas de saúde para a população negra, Criola convida para o lançamento do Manual Participação e Controle Social para Equidade em Saúde da População Negra.

Data: 17 de outubro de 2008(sexta).
Horário: 18:30h
Local:.IPDH/ Instituto Palmares de Direitos Humanos
Avenida Mem de Sá 39 – Lapa – RJ


.PARABÉNS EQUIPE CRIOLA!

BRASIL E ÁFRICA NA LUTA CONTRA A AIDS





Leia mais, clicando no Título...


Em ação estratégica de cooperação em saúde com os povos africanos de língua portuguesa, governo brasileiro doa fábrica de anti-retrovirais para MoçambiqueMoçambique vive uma triste realidade: mais de 670 mil crianças estão órfãs, pois perderam seus pais na luta contra a Aids. Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), apenas 5,7% das pessoas que precisam de tratamento naquele país recebem a ajuda necessária. Como forma de engrossar o esforço para reverter essa situação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciaram nesta quinta-feira (16), em Moçambique, a doação de uma fábrica de anti-retrovirais para o país. Com a medida, o Brasil se vale da experiência na área, para contribuir com a redução da mortalidade relacionada à doença e melhorar da qualidade de vida dos portadores do vírus.

AÇÕES DA REDE- NÚCLEO RIO DE JANEIRO


ENCONTRO ESTADUAL DA REDE NACIONAL DE RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS E SAÚDE


Realização - 07 de outubro de 2008
Local -INAD /RJ


O ano de 2008 é emblemático para a população negra brasileira, pois são 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, 120 anos da Abolição e 30 anos do MNU- Movimento Negro Unificado. Portanto, buscar a nossa Constituição é lembrar o compromisso do Brasil com acordos internacionais dos quais é signatário e o compromisso de um Estado que, constitucionalmente, deveria ser laico e garantir a liberdade religiosa , combatendo a Intolerância que recai sobre as Religiões de Matrizes Africanas: Candomblé e Umbanda.

Artigo V. Inciso VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias.

Inciso VIII - ninguém será privado de direitos, por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa fixada em lei (Constituição da República Federativa do Brasil, 1988).

Art. 24. O reconhecimento da liberdade de consciência e de crença dos afro-brasileiros e da dignidade dos cultos e religiões de matriz africana praticados no Brasil deve orientar a ação do Estado em defesa da liberdade de escolha e de manifestação, individual e coletiva, em público e em privado, de filiação religiosa (Estatuto da Igualdade Racial, Brasília, 2003).

A partir da discussão com os Gestores no Encontro Estadual da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde realizado em 07 de outubro de 2008, Yalorixás , Babalorixás , os GTs da Rede e demais integrantes presentes, acordaram, coletivamente, em construir e assinar um documento de reinvidicações para a FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES
Dentre as reivindicações , foi consenso a construção de um Seminário para o Povo de Terreiro discutir os agravos e avanços da Intolerância Religiosa em relação às Religiões de Matrizes Africanas, garantindo a plena participação das Sacerdotisas ,Sacerdotes ,GTs da Rede , integrantes da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde .

A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde ,
hoje , já conta com 36 Núcleos pelo Brasil com atuação e ressonância nacional/internacional . Para maiores informações, acesse:

domingo, 5 de outubro de 2008

SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA- PNS

"Promover a eqüidade na atenção à saúde da população negra" é o lema que resume várias diretrizes aprovadas no Plano Nacional de Saúde (PNS), referentes a uma dívida histórica do Estado Brasileiro em relação à metade de nossa população.
Em agosto de 2004, realizou-se o Seminário Nacional de Saúde da População Negra, que ficará como um grande marco na construção dessa eqüidade. Sendo um dos mais importantes resultados da parceria entre o Ministério da Saúde e a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), o Seminário trouxe muitos avanços, com a troca e disseminação de conhecimentos e informações, assim como a criação de uma forte corrente ligando pessoas, idéias e emoções comprometidas em fazer com que as diretrizes e metas do PNS se traduzam de fato em ações que beneficiem a nossa população.

A coordenação do Comitê Técnico de Saúde da População Negra vai divulgar os encaminhamentos recentes nos diversos processos em curso na busca dessa eqüidade. Nela se canalizará a comunicação com o Comitê Técnico, espaço onde governo e sociedade civil dialogam, planejam, monitoram e avaliam o cumprimento das diretrizes e metas específicas estabelecidas no Plano Nacional de Saúde.

Leia mais: portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/area.cfm?id_area=1047 - 29k -

sábado, 4 de outubro de 2008

MULHERES NEGRAS DO BRASIL SÃO PREMIADAS!


Mulheres Negras do Brasil recebe Prêmio Jabuti



O livro “Mulheres Negras do Brasil”, de Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil, recebeu o Prêmio Jabuti de literatura na área de Ciências Humanas, sendo o mais votado na categoria.


A premiação é considerada uma das mais significativas na área editorial brasileira.


A obra ajuda a construir um novo olhar sobre o passado e a superar a invisibilidade das mulheres negras, levando ao reconhecimento de suas contribuições na formação da identidade brasileira.

O Duplo e a Metamorfose: A identidade mítica em comunidades nagô


de autoria da Professora Dra. Monique Augras. A autora dedica-se há vários à pesquisa sobre religiosidade afro-brasileira e este livro situando-se na confluência da psicologia da personalidade, da antropologia cultural e da fenomenologia da experiência religiosa, é um estudo importante sobre identidade mítica e busca uma compreensão das motivações, das vivências e da visão de mundo de iniciados nas religiões de matrizes africanas. Vale à pena ler...

Marco Antônio Guimarães, Psicanalista, Coordenador do Instituto ORI APERÊ, parceiro da REDE indica ...

ENCONTRO DA REDE NACIONAL DE RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS E SAÚDE/RJ




Encontro da Rede Nacional de Religiões
Afro-Brasileiras e Saúde



Com a finalidade de discutir questões importantes relacionadas a saúde da população dos terreiros estaremos realizando, no dia 07 de outubro, um encontro da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, com o apoio da Assessoria de Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.


Data: 07 de outubro de 2008(terça)


Horário: 9 as 17h


Local: INAD – Instituto de Nutrição Annes Dias - Avenida Pasteur 44 – Botafogo
Rio de Janeiro



Programação:

09h – Cânticos de louvor a vida e a natureza

09:15h - Mesa de Abertura

10h - Painel 1 – Religiões afro-brasileiras e suas práticas de saúde.

11:30h – Os terreiros e as políticas públicas de saúde.

12:30h - Almoço

14h – Os terreiros e as possibilidades de parcerias com o Estado.

15:30h - Os terreiros e o Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra.

17h - Lanche




Informações com Marmo no semireligafro2007@yahoo.com.br

REDE/RJ E A SAÚDE DA JUVENTUDE DOS TERREIROS



A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde realizou encontro para discutir a saúde da juventude dos terreiros



No dia 16 de setembro aconteceu, no Rio de Janeiro, o I Encontro Estadual de Saúde da Juventude dos Terreiros do Rio de Janeiro: um desafio para o SUS. Estavam presentes jovens dos terreiros dos municípios de Macaé, Rio de Janeiro, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Caxias, São Gonçalo, Niterói, Araruama, Pedra de Guaratiba e Itaboraí.
O início do evento foi marcado com os cânticos de umbanda entoados por Pai André de Oxossi(um jovem pai de santo), seguido de defumação com ervas aromáticas envolvendo o público presente, marcando dessa forma a presença do sagrado e a importância da manutenção da tradição.


Logo após os cânticos de louvor à vida e à natureza, a Cia da Saúde fez a apresentação do esquete Racismo na Saúde e os jovens da Cia desceram as escadas do INAD-Instituto de Nutrição Annes Dias, vestidos de anjo e cantando: “preto não vai para o céu nem que seja rezador, pois tem cabelo duro vai espetar nosso senhor”, provocando risos e burburinhos na platéia jovem.

Mesa de Abertura contou com as presenças de: Zezé Motta, atriz que atualmente ocupa o cargo de Superintendente de Promoção da Igualdade Racial do Estado do Rio de Janeiro, Louise Silva da Assessoria de Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, José Marmo, secretário executivo da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, Pai André de Oxossi e Silvana dos Santos(jovens de terreiros).


O painel Os Terreiros e a Política de Juventude no Brasil contou com a presença de Thais Zimbwe, uma jovem jornalista iniciada na tradição religiosa afro-brasileira que atuou como coordenadora do ENJUNE- Encontro Nacional da Juventude Negra(Lauro de Freitas/Bahia).


Em Terreiros, espaços de promoção da saúde: o olhar da juventude de axé teve os expositores Alainaldo de Xangô, jovem egbomi do Ilê Omi Ojuarô e Pai Celso de Oxaguian, integrante da Comissão Intersetorial de Educação Permanente para o Controle Social do SUS e coordenador do Núcleo São Paulo da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.

Esse painel gerou grande polêmica quando uma jovem presente ao encontro questionou os expositores sobre a posição das religiões afro-brasileiras sobre o aborto.

À tarde foram realizadas as seguintes oficinas:


Sexualidades e prevenção de DST/Aids com recorte de gênero e raça

Direitos Humanos

Participação e Controle Social
Meio Ambiente, Saúde e Intolerância Religiosa.


Ao final do evento foi criado um grupo de trabalho de jovens de terreiros, que com o apoio da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, dará continuidade ao trabalho desenvolvido nesse primeiro encontro, fomentando a participação de outros jovens.
Foto: Luciana Kamel. Da esq. p/ dir- Pai Celso de Oxaguian/SP; Silvana Santos/Ilê Omiojuarô/RJ; Alaianaldo/Ilê Omiojuarô/RJ.