domingo, 30 de março de 2008

7 DE ABRIL - DIA MUNDIAL DA SAÚDE


A REDE DE RELIGIÕES AFRO- BRASILEIRAS E SAÚDE convoca todos os Núcleos para realizar ações em parceria com o SUS.


Para o dia 07 de abril, Dia Mundial da Saúde, a Secretaria Executiva/RJ convoca os núcleos da Rede a pensar em algumas atividades e dá algumas sugestões:


Um debate sobre a saúde nos terreiros
Apresentação de vídeos seguida de debate
Panfletagem nas ruas
Apresentação de uma experiência de saúde nos terreiros

Um encontro para a juventude falar sobre suas questões.
Cada núcleo poderá sugerir o que vai fazer . Mas é importante que os gestores e profisisonais de saúde do SUS estejam juntos.

Vamos coloborar pois a Rede é nossa e portanto todas as opiniões e sugestões são bem vindas. Que tal fazermos uma lista de temas de saúde importantes para o povo de terreiro?


José Marmo - Coord. Executivo da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde

MÃE-CRIADEIRA: REFLEXÕES

Mãe-Criadeira: a construção do cuidado e do respeito
pelo humano e pela vida nas tradições religiosas de
matriz africana



Autoria: Marco Antonio Guimarães/ Instituto Ori-Operê/ Parceiro da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde. Psicanalista.



Nas religiões de matriz africana, a linguagem e a aprendizagem são, principalmente, analógica e oral. Aprendemos formas de ser e viver através dos rituais, da atmosfera que compõe o espaço do terreiro, que chamamos egbé, e das redes de relações interpessoais que nele se estabelecem.
No dia-a-dia do egbé, com suas ervas e árvores sagradas, seus espaços onde habitam os Orixás, sentimos e compreendemos variações do movimento do existir. Esses registros estão, por exemplo, na “feitura de iaô”, momento de nascimento ritual do ser comunitário; no tempo de amadurecimento dos iniciados, porque quanto mais “velhos de santo”, mais portadores de Axé, energia vital; no axexê, cerimônia que ocorre quando os iniciados morrem, e através da qual é criado um campo de transição para sua volta do aiyê (terra) para o orum (céu/infinito), e de elaboração do luto para os que aqui ficaram.
No cotidiano do egbé, sentimos e compreendemos que a vida é constituída de momentos de plácida calmaria em que “nada parece acontecer”, sendo possível ouvir o vento soprar, uma folha cair, e momentos de intenso dinamismo, quando o toque vigoroso dos atabaques cria as condições necessárias para que se reatualize o contato com os Orixás/Bankisi/Voduns. Este conhecimento, incorporado e então traduzido pela palavra e pelo comportamento afetivo dos nossos mais velhos, nossos egbomi, nos apresenta formas dignas de nascer, crescer, amadurecer e morrer, nos ajudando a compreender e lidar com a vida, suas alegrias, impasses e contradições.
Entendo que a tradição do terreiro tem essa possibilidade, porque está alicerçada em uma ordem simbólica que compreende que a vida só pode existir a partir de um sistema inter-relacional, de trocas, no qual cada componente deste sistema que é constituído de homens, divindades, antepassados e de elementos do reino vegetal, animal e mineral, é não só necessário, mas fundamental para a manutenção do todo. Esta dinâmica que integra sistemas de suporte/acolhimento e sistemas de limite não invasor nos permitiria adquirir formas de organização subjetiva nos auxiliando a elaborar os conflitos, os paradoxos naturais que se originam entre aquilo que necessitamos, desejamos, e aquilo que é possível ser obtido em função dos limites da realidade. No interior deste sistema, iniciados e adeptos, a partir de uma aprendizagem analógica, oral e afetiva, têm a oportunidade de amadurecer e cumprir seu destino.Podemos perceber o saber do terreiro através dos códigos que compõem o egbé, o barracão, os “assentos”[2] dos orixás, as danças, os mitos. Auxiliado pelas mães-criadeiras, um elemento deste sistema, vou tentar mostrar como esta tradição religiosa nos permite aprender a amadurecer, transmitindo e recriando a história de nossa raiz africana.A mãe-criadeira, que é chamada no terreiro de Jibonã, Ajibonã ou Yá Ojubonã, é um termo que vem do iorubá Yiá Oju Bi Onan e tem como tradução “a mãe que abre os olhos para o caminho” ou “a mãe que leva ao caminho do nascimento”. Este “cargo” é ocupado por uma mulher, iniciada, que tem a responsabilidade de cuidar dos iaôs durante a iniciação Ela está presente desde a chegada do novo filho à comunidade para o início da “feitura do santo” — gestação comunitária —, passando pelo momento do “dia do nome” — parto comunitário —, até o final do processo, quando o novo iaô retorna para sua casa e família de origem. (...)Entendo, contudo, que a tradição do terreiro em sua psicologia do amadurecimento, através da mãe-criadeira, facilita a criação de uma “atmosfera”, de um campo intersubjetivo para que o “iaô/feto” tenha as condições necessárias para viver o campo de liminaridade que é a iniciação, e construir um outro “ser e viver” no mundo. Costumo dizer que, simbolicamente, a mãe ou o pai-de-santo é o corpo comunitário que gesta o iniciado, enquanto a mãe-criadeira é o útero-continente, onde esta gestação se processa.
Conversando conosco, elas vão mostrar como vivenciam e compreendem o processo de nascimento no terreiro.
[1] Este trabalho é dedicado à memória de Firmina Basília dos Reis. Mãe Firmina de Yemanjá, minha Mãe-criadeira que, se com sua volta para o Orum deixou uma saudade muito grande no coração de seus filhos, deixou também, incorporados em nós, a vivência e o registro de uma capacidade de cuidar e de respeito pelo humano e pela vida.
Fragmento da Tese de Dissertação de Marco Antonio Guimarães.

21 DE MARÇO- DIA INTERNACIONAL CONTRA A DISCRIMINAÇÃO RACIAL

Dia Internacional contra a Discriminação Racial: Programas de promoção à igualdade racial sofrem com baixa execução.

No Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial (21/03), um dado nada animador chama atenção:
em 2007, apenas 53% dos R$ 36,6 milhões autorizados a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) foram utilizados em programas e ações da pasta. O total gasto, em valores atualizados, equivale a R$ 19,6 milhões da verba autorizada .
A Seppir foi criada com o objetivo de reafirmar o compromisso com a construção de uma política governamental voltada aos interesses da população negra e de outros segmentos étnicos discriminados.
Em 2006, a pasta utilizou um valor superior ao registrado em 2007, foram gastos 57% dos R$ 36,6 milhões autorizados, o que equivale a R$ 20,9 milhões. Dando seqüência a série histórica, em 2005 foi autorizado para a secretaria o total de R$ 22,9 milhões para arcar com dispêndios da pasta, mas foram efetivamente gastos apenas R$ 16,1 milhões. Apesar dos recursos previstos em orçamento terem sido mais baixos em 2004, este foi o ano em que a secretaria melhor utilizou o orçamento, chegando a aplicar 73% dos R$ 20,9 milhões autorizados, ou seja, R$ 15,4 milhões.Do valor autorizado para as despesas da secretaria em 2008, até o momento, no patamar de R$ 6,4 milhões, somente R$ 1,3 milhão foi gasto, incluindo os restos a pagar, que são dívidas contraídas em exercícios anteriores pagas este ano.
Entretanto, vale lembrar que esse não é o orçamento oficial da pasta, tendo em vista que a lei orçamentária para 2008, apesar de já ter sido aprovada, mesmo que tardiamente, no Congresso Nacional, ainda depende de sanção presidencial para vigorar. Para 2008, a Seppir sofreu um decréscimo orçamentário em torno de R$ 1 milhão se comparado ao orçamento de 2007. Sendo assim, R$ 35,5 milhões estão previstos no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) para as despesas da secretaria neste ano. Esse valor foi aprovado pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos e Fiscalização do Congresso Nacional.
Condição racial atual
Em 2006, dos cerca de 15 milhões de analfabetos brasileiros, mais de 10 milhões eram pretos e pardos.
O percentual de brancos estudantes de nível superior com idade entre 18 a 24 anos é 34% superior ao número de jovens pretos ou pardos que freqüentam a faculdade.
A taxa de brancos estudantes é de 56%, enquanto negros e pardos representam 22% desses.
Os dados fazem parte da “Síntese de Indicadores Sociais 2007” realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

PRESERVATIVOS FEMININOS- GRATUIDADE NO SUS


    PRESERVATIVOS FEMININOS E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE


  • A deputada Cida Diogo (PT-RJ) apresentou na semana passada um projeto de lei que dispõe sobre o fornecimento gratuito de preservativos femininos pelo Sistema Único de Saúde.

  • A Constituição Federal de 1988 garante o direito de cidadania e também o direito à preservação da vida e da saúde, enfatizando as ações de promoção e prevenção em saúde.A deputada afirmou que no Brasil há uma mudança no perfil da epidemia do HIV/Aids, crescendo a participação na transmissão heterossexual, em particular, na contaminação de mulheres. Nesse contexto, além do incentivo ao uso do preservativo masculino, ela defende outras estratégias, como o acesso pelas mulheres ao preservativo feminino.

  • Ministério da Saúde realizou pesquisa sobre a aceitação do preservativo feminino entre as usuárias do SUS. "Os resultados demonstraram que a aceitação do preservativo feminino se manteve em alta ao longo do estudo", afirmou a deputada. Ela disse ainda que, a partir do resultado da pesquisa, não resta dúvida que a proposta contribuirá de maneira efetiva para a prevenção das DST/Aids no país.Informes PT - 31/mar/2008 nº3953

MULHERES DE AXÉ! AÇÕES DA REDE- NÚCLEO RIO DE JANEIRO




MULHERES DE AXÉ!


Momento de confraternização do Encontro sob o comando da voz de Mãe Eulina de Iansan.
Nos 100 anos da Umbanda as MULHERES DE AXÉ estão presentes!
Foto 1: esq.p/dir- Mãe Torody de Ogum, Mãe Tânia de Iansan e ( com pano da costa sobre o ombro) Mãe Marilene.


Foto 2: Mãe Lucia da Oxum; Marco Antônio; Vilma Piedade; Mãe Regina de Oxóssi;José Marmo e Pai Linaldo de Ogum.


Todos os créditos de Fotos postadas no Blog referentes ao MULHERES DE AXÉ são de autoria de Jorge Ferreira.

MULHERES DE AXÉ! AÇÕES DA REDE- NÚCLEO RIO DE JANEIRO




MULHERES DE AXÉ!


A HOMENAGEM DA REDE DE
RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS E
SAÚDE A TODAS AS MULHERES .


Foto: dir. p/ esq. Mãe Regina de OXóssi; Deputado Federal Carlinhos Santana e Pai Renato de Obaluaê.

VALEU MÃE REGINA DE OXÓSSI!



OKÊ AROLE!

MULHERES DE AXÉ! AÇÕES DA REDE- NÚCLEO RIO DE JANEIRO

Para comemorar o dia 8 de março, DIA INTERNACIONAL DA MULHER, a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde em parceria com o Coletivo de Mulheres Negras do RJ, realizou, no ILÊ AXÉ IGBÁ ODÉ , Terreiro de Mãe Regina de Oxóssi/Opó Ofonjá/ Madureira/Rj o Encontro MULHERES DE AXÉ!
Mulheres de Axé é um dos GTs da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde e objetiva trabalhar as demandas e especificidades das mulheres negras e/ou mulheres de Terreiro.
Mesa de Abertura do Encontro- esq. p/ dir- José Marmo; Mãe Eulina de Iansan; Mãe Regina de Oxóssi; Vilma Piedade; Pai Renato de Obaluaê.

INCÊNDIO NA SERRA DA BARRIGA!


O QUILOMBO DOS PALMARES É NOSSO!
A SERRA DA BARRIGA PEDE SOCORRO!




Foto sobre a devastação da Serra da Barriga - Patrimônio Histórico, Etnográfico, Arqueológico e Paisagístico - localizada em União dos Palmares-Alagoas.
"II Debate Estadual sobre a Serra da Barriga e o Parque Memorial Quilombo dos Palmares", foi realizado no dia 29 de março e está sendo articulado por lideranças do movimento negro alagoano.
Fonte: Foto de Helciane Maia.

IV FORO LATINOAMERICANO E INTERRELIGIOSO Y DEL CARIBE EN HIV/SIDA


PRE-FORO ECUMENICO E INTERRELIGIOSO DEL
IV FORO LATINOAMERICANO Y DEL CARIBE EN VIH/SIDA E ITS
LATINOAMERICA Y EL CARIBE: UNIDOS EN LA DIVERSIDAD HACIA EL ACCESO UNIVERSAL
BUENOS AIRES, ARGENTINA, 17 DE ABRIL DE 2007



PROGRAMA REDUZIDO

Foto: José Marmo. Coord. Executivo da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde

Panel Inaugural: El rol de las comunidades religiosas en la atención del VIH y el SIDA

Moderador
Ramón Soto
Asesor en VIH/SIDA de la Oficina Regional para América Latina y el Caribe de Visión Mundial

Panelistas
Nils Katsberg
Director de la Oficina Regional para las Américas y el Caribe del Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (UNICEF)
Ernesto Guerrero
Coordinador de País de Panamá y México del Programa Conjunto de las Naciones Unidas sobre VIH/SIDA (ONUSIDA)
Daniel Fontana
Director del Programa Nacional de Lucha Contra los Retrovirus de los Humanos, SIDA y ETS del Ministerio de Salud de la Argentina
Paula Sousa
Coordinadora del Grupo de Trabajo de las Religiones del Programa Estatal de ETS/SIDA de Sao Paulo

Comentarios


14:00
Sesión III: Las respuestas de las comunidades religiosas latinoamericanas y caribeñas frente al VIH y el SIDA

Moderador
Luís Escoto
Coordinador de VIH/SIDA del Secretariado Latinoamericano y Caribeño de Caritas (SELACC)

Panelistas
Hno. José Bernardi
Secretario Ejecutivo de la Pastoral de ETS/SIDA de la Conferencia Nacional de Obispos del Brasil (CNBB)
Ester Almeida
Asesora del Programa Salud y Derechos de Koinonia Presencia Ecuménica y Servicio
Senador Noble Khan
Secretario de la Organización Interreligiosa de Trinidad y Tobago (IRO)
José Marmo da Silva
Secretario Ejecutivo de la Red Nacional de Religiones Afro-Brasileras y Salud

Para que “mantengamos la promesa” las comunidades religiosas han de
􀀗 Implicar a las personas que viven con la asistencia médica y el tratamiento VIH, en particular a las mujeres y a los jóvenes, en todos los aspectos de las políticas relacionados con el SIDA
􀀗 Luchar contra el estigma y la discriminación
􀀗 Proteger los derechos humanos
􀀗 Decir la verdad a las autoridades y actuar en favor de las comunidades más afectadas por el SIDA
􀀗 Brindar asistencia compasiva e integral a los afectados por la pandemia
􀀗 Aumentar la conciencia social y discutir abiertamente la realidad del VIH y del SIDA

“Mantengamos la promesa” implica
􀀗 Brindar acceso universal a la prevención, la asistencia medica y el tratamiento
􀀗 Abogar por una respuesta multisectorial en relación con los niños
􀀗 Afrontar los problemas que plantean los precios y las patentes de los medicamentos
􀀗 Reforzar los sistemas nacionales de asistencia sanitaria
􀀗 Garantizar la plena participación de las personas que viven con VIHI (incluyendo a los jóvenes)s la promesa
􀀗 Obligar a los gobiernos a que asuman sus compromisos
􀀗 Formar comunidades de acogida como personas de fe

INTOLERÂNCIA - AÇÕES DA REDE /RJ

Memória Lélia Gonzalez e Coletivo de Mulheres Negras do Rio de
Janeiro,irmanadas e parceiras na luta contra toda a forma de racismo, discriminação, xenofobia, intolerância religiosa,e integrantes daComissão contra a Intolerância Religiosa da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde,coerentes com os princípios que regem seus objetivos, suas missões e ações,apóiam as iniciativas para a recuperação física IMEDIATA doTerreiro Oyá Onipó Neto,com a REPARAÇÃO dos danos morais, religiosos e culturais envolvidos no ato aviltante de intolerância religiosa, sofrido por Mãe Rosa, suas filhas e filhos, e que atingiu a todas/os as/os filhas/os de Religiões de Matrizes Africanas, de todos os Orixás e Axés.

Propomos que, junto com todas as ações administravas e jurídicas que devem ser implementadas e efetivadas, a SUCOM - Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município - seja responsável pela colocação de uma PLACA, na frente do TERREIRO, com um pequeno relato sobre a reconstrução do mesmo em virtude da violência praticada pela própria SUCOM.

Material enviado em nome da Rede p/ a Prefeitura de Salvador

PLANO NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA MULHERES.AXÉ!



No dia 5 de março, como parte das comemorações do Do DIA INTERNACIONAL DA MULHER
aconteceu ,no Palácio do Planalto, o lançamento do Plano
Nacional de Políticas para as Mulheres. Incorporando os resultados da II Conferência Nacional de Poíticas para as Mulheres que aconteceu em 2007,
o Plano traz como novidade novos eixos de ação, com destaque para o eixo
apresentado pelas mulheres negras de "Enfrentamento do Racismo, do
Sexismo e da Lesbofobia". Este eixo explicita a necessidade de
enfrentamentos ideológicos e do desevolvimento de medidas de ação
afirmativa e específicas para diferentes grupos de mulheres - em
especial as mulheres negras - para que se alcance melhores resultados na direção da equidade de gênero no país.
Como representante da sociedade civil na cerimônia, *Nilza Iraci,
coordenadora de Geledés e da Articulação de Organizações de Mulheres
Negras Brasileiras*, fez o discurso de abrtura e apresentação do
Plano(ver texto abaixo) para o Presidente da República Luis Inácio Lula
da Silva, o Presidente da Câmara dos Deputados Arlindo Chinaglia, as
Ministras Nilcéa Freire e Dilma Roussef e diversos outros munistros
presentes, entre eles o Sr. Edson Santos, responsável pela Seppir.
Discurso que foi ouvido também pelas parlamentares integrantes da
Bancada Feminina do Congresso Nacional e ativistas do Movimento de
Mulheres.
Toda a cerimônia foi dedicada pela Ministra Nilcéa Freire à luta das
mulheres negras. Em seu discurso, a Ministra homenageou 10 mulheres
negras da história do país, entre elas Luiza Mahin, Laudelina de Campos
Mello, Lélia Gonzáles, Ivete Sacramento e Sueli Carneiro. Afirmando que
o desenvolvimento de ações para as mulheres negras permitirá que as
políticas públicas cheguem à maioria das mulheres do país. Ao final,
prestou uma homenagem especial a 03 importantes mulheres brasileiras,
entre elas a Ialorixá Beata de Iemenjá, do Ilê Omi Oju Arô (do Rio de
Janeiro) que, muito emocionada, foi cumprimentada pelas autoridades e demais mulheres presentes.

Parabéns a todas as mulheres negras! Parabéns a todas Ialorixás. Parabéns, Mãe Beata de Iemanjá. Motumbá!
Axé!

TODO DIA É DIA DE COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA



DO RIO DE JANEIRO A SALVADOR, DO OIAPOQUE AO CHUÍ, NO NORTE, SUL,LESTE, OESTE. EM TODOS OS LUGARES. EM TODO O MUNDO. INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS. É CRIME.


A Constituição Brasileira de 1988 define o Brasil como país laico, ou seja, sem religião oficial. O livre arbítrio possibilitou o culto a diversas crenças, mas não conteve a intolerância religiosa. Em pleno século XXI, inúmeros são os fatos relacionado a agressões contra adeptos de seitas distintas. O alvo maior da discriminação, principalmente em Salvador, é o candomblé. Só na Bahia existem dez casos em julgamento no Tribunal de Justiça e 18 pessoas processadas. Para mudar essa realidade, a capital baiana foi a primeira cidade a dedicar uma data ao Combate à Intolerância Religiosa, atualmente comemorada em âmbito nacional, sempre no 21 de janeiro.
A gota d’água para a deflagração da luta contra a intolerância no estado foi a morte da ialorixá do terreiro Axé Abasse de Ogum, mãe Gilda, em 2000. Como de praxe, uma homenagem na noite de ontem, no Teatro Castro Alves, reuniu representantes de diversas religiões cultuadas na Bahia. Como a data agora é nacional, Brasília também realizou um ato comemorativo. A Secretaria Especial de Política da Promoção da Igualdade Racial (Seppir) promoveu uma reunião para definir a criação de um grupo voltado para a valorização da diversidade religiosa, num trabalho junto aos estados.
A vereadora Olívia Santana, autora da lei municipal nº 6.464/2004, considera a situação como extrema e acredita que imortalizar a memória de mãe Gilda é uma reparação simbólica à discriminação. “A intolerância não é vivida apenas na Bahia. A liberdade religiosa é um princípio constitucional”, afirma.

A iniciativa serviu de exemplo para o restante do país. O deputado federal Daniel Almeida encaminhou ao Congresso Federal a proposta e, em 2007, o presidente Lula sancionou a lei nº 11.635, que prevê o 21 de janeiro como a data oficial do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.A discriminação de doutrinas, assim como a racial, é crime.

Fonte: Maira Portela

AÇÕES DA REDE- NÚCLEO SÃO PAULO



Comunica que o GVTR/Grupo de Valorização do Trabalho em Rede, entidade membro da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde no Estado de SP, irá participar da VII edição do Congresso de Prevenção em DST/Aids em Julho em Florianópolis, com a apresentação dos resultados de dois importantes projetos, se aprovados pela comissão organizadora do evento.

Um sobre aids e racismo cujo nome é Aids e Racismo cino anos pós Durban é uma síntese do Projeto Humanização da Saúde - População Negra construindo e fortalecendo o espaço sagrado - Durban+5, que foi executado em parceria com a Coordenadoria dos Assuntos da População Negra da Prefeitura de SP.

O segundo projeto é sobre aids e religiões afro-brasileiras (O Direto á Camisinha) executado em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de SP.

A parceria entre GVTR, Koinonia e Diaconia/Recife, também irá resultar na apresentação de material ao congresso, visto que este espaço é fundamental para o reconhecimeto das ações que desenvolvemos.

Todos estes projetos focaram as questões de direitos humanos (em diferentes perspectivas) e controle social das políticas públicas de saúde, no âmbito das temáticas religiões afro-brasileiras e saúde/saúde da população negra.

O site do congresso e demais informações poderm ser acessadas via
www.aids.gov.br

Forte abraço!Babalorixá Celso Ricardo de OxaguiánRede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde - Estado de SP

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA



SALVADOR - O Ministério Público baiano denunciou, nesta terça-feira, quatro pessoas ligadas à Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom) de Salvador por participarem da demolição do terreiro de candomblé "Oya Onipó Neto", realizada no último dia 27 de fevereiro.
A ex-superintendente da Sucom, Kátia Carmelo, o engenheiro civil, Sylvio Bastos, o técnico em manutenção, Antônio Carlos Santos, e o supervisor de operações, Sérgio Spinelli, são acusados de prática de discriminação ou preconceito religioso.
O promotor Almiro Sena afirma que eles "promoveram e executaram a demolição, causando elevadíssimos danos materiais e, principalmente, produzindo graves e irreversíveis ofensas a todas as pessoas que têm sua referência religiosa naquele terreiro de candomblé". A justificativa para a demolição seria a de que o terreiro se tratava de um imóvel ilegal que estava ocupando uma via pública.
O terreiro, segundo o MP, está regularmente inscrito na Associação Brasileira de Cultura Afro-Ameríndia (AFA) e é identificado pela Prefeitura Municipal de Salvador desde o ano de 2007, através do projeto 'Mapeamento dos Terreiros de Candomblé de Salvador'".
Sylvio Bastos, há muitos anos funcionário da Sucom, é morador da mesma rua onde está situado o terreiro e sempre teria reclamado da instalação dele ali. Segundo o MP, o engenheiro subscreveu formalmente várias "denúncias" junto à Sucom contra a responsável pelo terreiro, a yalorixá Roselice Santos do Amor Divino, e seu esposo.
No documento, Antônio Carlos e Sérgio Spinelli são acusados de, sob a justificativa de estarem cumprindo uma ordem legal, comandarem a demolição e a destruição dos objetos. Para o promotor de Justiça titular da Promotoria de Combate à Discriminação, todos os denunciados, baseados na justificativa de estarem cumprindo a lei, violaram gravemente a Constituição Federal. Caso a denúncia do MP seja aceita pela Justiça, os quatro funcionários podem perder seus cargos.--: 13/3/2008

MULHERES AFRICANAS: HEROÍNAS




Exposição fotográfica intitulada "Mulheres são heroínas"

consagrada às Mulheres Africanas, em Bruxelas, na Jornada Internacional da MulherBruxelas pára diante de fotografias de mulheres africanas, por ocasião da Jornada Internacional da Mulher, celebrada em 8 de março.

A origem dessa exposição fotográfica a céu aberto é do artista francês JR (http://www.jr-art.net/) em colaboração com a ONG Médicos sem fronteiras. A ONG lançou no sábado, 8 de março, uma campanha batizada de “Mulheres são heroínas”, uma homenagem à coragem das mulheres africanas....

Uma homenagem às mulheres africanas, primeiras vítimas das crises humanitárias e da pobreza. Em Serra Leoa, na Libéria, no Sudão e no Kenia, o fotógrafo de 25 anos imortalizou – com sua objetiva de 28 milímetros, que deu seu nome ao projeto – a imagem de mulheres, que estão igualmente recolhidas como testemunhos disponíveis em vídeo.Para a exposição e para os vídeos: http://www.womenareheroes.be/No documento para a imprensa, podemos admirar as fotos: http://www.womenareheroes.be/pdf/wah_press_fr.pdftexto original, em francês: http://www.afrik.com:80/article13819.html

DOENÇAS DA POBREZA

Doenças da pobreza matam 226 brasileiros por dia

Mais de 82 mil mortes são causadas por males como diarréia, desnutrição, malária, tuberculose e dengue


SÃO PAULO - As doenças da pobreza e o abandono matam 226 brasileiros por dia. São pelo menos 82,5 mil mortes por ano causadas por males como diarréia, desnutrição, malária, tuberculose, dengue, febre amarela e falta de assistência médica. Este número, extraído pelo Globo do banco de dados do Ministério da Saúde, é maior que o total de homicídios e de mortes em acidentes de trânsito registradas em 2005 (cerca de 77.500). Toda morte que poderia ser evitada causa indignação.
Não podemos classificar isso como aceitável. Assim como nos acidentes de trânsito, em que faltam fiscalização e melhores estradas, nas mortes evitáveis falta mais ação do estado", afirma o coordenador de Planejamento em Saúde do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Nicanor Rodrigues da Silva Pinto.
O Globo fez um levantamento junto à base de dados do Ministério da Saúde, considerando a Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Foram somadas as mortes dos itens "algumas doenças infecciosas e parasitárias" (à exceção da AIDS e da septicemia) e a desnutrição. Esse grupo de males infecciosos e a desnutrição são as chamadas doenças da pobreza, com média anual de 33,5 mil mortes. A este número, somou-se o item "morte sem assistência médica", com cerca de 49 mil óbitos registrados em 2005. Só de diarréia e infecções intestinais morreram, em 2005, por exemplo, 10.599 pessoas. A desnutrição, sozinha, matou 6,9 mil brasileiros. A tuberculose, embora seja curável e tenha um custo de tratamento de R$70 (quando tratada no início e sem internação), causou mais de 4,7 mil mortes.
Em 2005, até a poliomielite aguda reapareceu, matando três pessoas. Silva Pinto, no entanto, estima que a pobreza e a fome causem efeitos muito maiores na mortalidade nacional (1.006.827 mortes em 2005, último ano de dados registrados pelo Data SUS, do Ministério da Saúde). Além das doenças da pobreza, há a perversidade da pobreza, como nos casos de pneumonia, em que morreram 35.903 pessoas." Assim como na infecção intestinal, na pneumonia também tem uma bactéria, e é "comum" morrer uma criança ou um idoso, uma pessoa mais fraca. Na grande maioria dos casos, o sistema imunológico está comprometido pela falta de comida, pela pobreza. O principal fator de baixa imunidade é a fome".
Para Silva Pinto, o estado de fragilidade do organismo das pessoas com fome ou mal-alimentadas as expõe a maiores riscos, e a falta de acesso aos serviços de saúde limita as possibilidades de cura. A falta de saneamento, informação e escolaridade cria o ambiente perverso da proliferação das doenças."Dessas 49 mil mortes sem atendimento médico, 43 mil ocorreram em casa, certo? Quantas dessas pessoas não tiveram como chegar a um serviço de saúde porque não tinham acesso? A maior parte, podemos conferir, ocorreu no Nordeste do país. Cerca de 23,6 mil mortes sem atendimento médico ocorreram em casas do Nordeste, sendo 10.717 na Bahia, fora da região metropolitana de Salvador." (AG)


Correio da Bahia

Fev/08