sábado, 7 de junho de 2008

II SEMINÁRIO ALAGOANO DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS E A EPIDEMIA DE HIV/AIDS


Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde participa do II Seminário Alagoano das Religiões Afro-Brasileiras e A Epidemia de HIV/Aids

FOTO: (esq p/ dir) Mãe Amélia/RJ; Pai Elias/AL;Mãe Nilsenaira/RJ;Mãe Tânia de Iemanjá/RJ- GT Mulheres de Axé


O II Seminário Alagoano das Religiões Afro-Brasileiras e a Epidemia de HIV/Aids aconteceu nos dias 15 e 16 de maio de 2008, na cidade de Maceió. O evento foi organizado pela Universidade Federal de Alagoas em parceria com a Coordenação Estadual de DST/Aids de Alagoas, a Coordenação Municipal de DST/Aids de Maceió, a Ong Filhos de Axé e a colaboração da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.

O seminário teve como objetivos: qualificar as informações sobre a epidemia de HIV/Aids para as lideranças dos terreiros e agentes comunitários de saúde, sensibilizar as lideranças das religiões de matrizes africanas para ocupar os espaços de controle social de políticas públicas de saúde, mostrar as experiências dos terreiros no enfrentamento da epidemia, estabelecer ações de prevenção e assistência do SUS em parceria com os terreiros.

Com um programa diversificado o evento abordou: as estratégias de enfrentamento da epidemia de HIV/Aids pelas religiões de matrizes africanas, o Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de Aids e Outras DST, o Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de Aids e outras DST entre gays , HSH [ homem que faz sexo com homem ] e travestis , a importância da participação das lideranças dos terreiros no controle social de políticas públicas de saúde, o combate ao racismo institucional e a intolerância religiosa no SUS.

O apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres(SPM) foi fundamental para a participação do GT Mulheres de Axé da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde no referido evento.

Entre as recomendações do II Seminário Alagoano podemos destacar:
- fortalecer o diálogo entre as lideranças de terreiros e os profissionais de saúde,
- criação de campanhas de combate ao racismo e a intolerância religiosa no SUS,
- maior participação dos adeptos dos terreiros nos espaços de controle social,
- produção de materiais educativos e informativos sobre HIV/Aids que respeitem a linguagem e a visão de mundo dos terreiros,
- realização de seminários temáticos sobre direitos humanos e políticas públicas em HIV/Aids,
- realização de ações de prevenção para a população jovem de terreiro e juventude negra,
- investimentos em pesquisas com recorte racial/étnico,
- qualificação dos profissionais da área da saúde para a coleta dos dados raça/cor,
- inclusão dos agentes comunitários de saúde nos processos de capacitação e formação, assim como nas ações do SUS em parceria com os terreiros
- realização de ações para as mulheres negras e mulheres de terreiros incluindo-as em todo o processo, incluindo a elaboração das ações, implementação e monitoramento,
- divulgação das ações de prevenção e assistência em HIV/Aids realizadas pelo SUS nos terreiros.

Ao final do seminário foram entoados cânticos para Oxalá e realizada uma confraternização com lideranças de terreiros de alguns estados que estavam presentes
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